Aconteceu nesta terça feira (29) no aterro sanitário, que é gerenciado pelo Ecotres uma apresentação técnica com representante da empresa GARBOGÁS ENERGIA, que apresentou o projeto para construção da usina que poderá gerar energia elétrica que atenderia uma cidade com mais de 10 mil habitantes.

Estiveram presentes todo corpo técnico do Ecotres, Ecovia além do secretário executivo do Ecotres Luis Claudio Grossi, Secretário Meio Ambiente de Ouro Branco Neylor Aarão e da cidade de Entre Rios Roberto Rodrigues, o Prefeito Hélio Campos representou o prefeito de Lafaiete, Mario Marcus atual presidente do Ecotres, que se encontra em recuperação do Covid-19.

A implantação do projeto de Usina Termoquímica de Geração de Energia (UTGE) que utiliza resíduos sólidos em Conselheiro Lafaiete vai colocar o aterro sanitário da cidade dentro das regras da Lei 12.305/10, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “Não era um aterro sanitário de acordo com a legislação. O projeto também visa eliminar a contaminação do solo e de lençóis freáticos pelo chorume do lixo e atender as resoluções ambientais de emissões atmosféricas.

A PNRS, de 2010, previa que até 2014 todos os municípios do país utilizassem aterros sanitários para dispor os resíduos urbanos. Porém, cerca de 59% das cidades brasileiras, mais de 3.300, não estavam adequadas à lei, segundo levantamento feito pela Câmara dos Deputados em 2017.

A usina é um projeto de pesquisa e desenvolvimento interno de Furnas. Segundo a empresa, houve uma pesquisa de tecnologias tanto no Brasil como em outros países antes da definição.

Todo o resíduo sólido, orgânico e inorgânico, é transformado em um combustível derivado de resíduo. “O projeto se baseia na tecnologia de gaseificação, que é bastante diferente da incineração. As emissões atmosféricas são muito baixas, sendo uma tecnologia de fácil compreensão, permitindo a destinação completa dos resíduos sólidos urbanos de uma maneira geral.

Produziremos um gás combustível, o qual será utilizado para gerar a energia elétrica”. O processo envolve a queima desse combustível, mas é diferente da utilizada em usinas de biogás, que também geram energia por meio de resíduos sólidos. Nesse caso, a tecnologia é de gaseificação em leito fluidizado e a usina utiliza um reator termoquímico no processo.

O processo de transformação do gás em energia também reduz o odor do metano nas proximidades, de acordo com a empresa. Além desses benefícios, a queima e a geração de energia a partir do biogás geram créditos de carbono que podem ser vendidos para empresas comprometidas com o meio ambiente e interessadas em reduzir suas emissões de carbono. “Transformar esse gás em energia é um grande benefício para o meio ambiente, pois o metano causa um impacto 25 vezes maior no aquecimento global do que o gás carbônico queimado no processo de geração de energia elétrica”.
Breve daremos maiores detalhes técnicos!