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sábado, 26 abril 2025

Prefeitura de Congonhas inaugura fábrica de Artefatos de Cimento no Presídio do Município

INFORME INSTITUCIONAL

Justiça social, ressocialização, humanização. Primando pela esperança de uma nova vida e a oportunidade de profissionalização de pessoas privadas de liberdade, a Prefeitura de Congonhas e a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social – SEDAS, em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, por meio do Departamento Penitenciário de MG, inaugurou a fábrica de artefatos de cimento “Júlio Cezar Rodrigues Pereira” no Presídio de Congonhas.

Com uma área de 304 metros quadrados, a fábrica possui duas betoneiras e duas pranchas vibratórias. Foram investidos, pela Prefeitura de Congonhas, R$ 143 mil para a compra dos maquinários e preparação do espaço, instalação de um telhado e insumos que serão utilizados em todo o processo.

Essa iniciativa é resultado da assinatura de um termo de parceria, firmado entre o Poder Executivo Municipal e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), por meio da direção do Presídio de Congonhas.

Um sonho que se transformou em realidade. Para o Prefeito de Congonhas, Cláudio Antônio de Souza, a fábrica de blocos intertravados é uma realização para a sociedade. “Ela representa para a comunidade e o Poder Público a justiça social e o respeito ao meio ambiente, pois o calçamento com as peças produzidas pelos presos melhora a permeabilidade do solo. Estamos muito felizes em poder oferecer uma profissão aos apenados, mas, mais do que isso, contribuir para que a ressocialização possa ser feita”, afirma o prefeito.

Para o secretário adjunto de Estado de Justiça e Segurança Pública, Jeferson Botelho, a inauguração faz parte da construção da história de Congonhas e do Sistema Prisional. “Este é um projeto de cunho eminentemente social, pois prepara o homem para o exercício do trabalho e da cidadania”, destaca o secretário adjunto.

A efetiva ressocialização dos encarcerados é possível e essencial. A Secretária do Sedas, Libertad Lamarque, muito emocionada, em seu discurso agradeceu por poder participar de um projeto que dignifica o ser humano. “Fico muito feliz de ver este projeto ser realizado. Hoje temos uma fábrica de artefatos de cimento dentro do Presídio, mas mais do que a fábrica saber que os participantes que estão cumprindo pena poderão ter a oportunidade de se profissionalizarem e voltarem para a sociedade, sua família, e pensarem na importância de não reincidir no crime”, relatou.

Além da fábrica de artefatos de cimento, a Delegada do Presídio de Congonhas, Thatiana Neiva, falou sobre o trabalho dos apenados nas dependências e que terão outros projetos com o mesmo objetivo, de ressocializar e trazer mais esperança, que serão apresentados em breve. “Estamos sempre buscando projetos que contribuam com a ressocialização dos nossos presos. Eu e Júlio (in memorian) tínhamos várias ideias. Um dos projetos conseguimos concretizar hoje, mas farei jus a memória do meu saudoso amigo e estaremos, em pouco tempo, com novos projetos”, afirmou.

A fábrica vai funcionar de segunda a sexta-feira, no horário comercial, e os presos terão direito à remição de pena, ou seja, para cada três dias de trabalho é reduzido um na condenação. Eles têm entre 25 anos e 37 anos, e foram selecionados pela Comissão Técnica de Classificação (CTC) do presídio, que é uma equipe composta por servidores das áreas psicossocial, saúde, jurídica e segurança.

Biblioteca Mudando a Página da Vida

No evento foi inaugurada também uma biblioteca dentro do pavilhão carcerário, que vai permitir a implantação de um projeto de remição de pena por meio da leitura. De forma diferente de outras unidades prisionais, o preso além de ter que escrever uma resenha sobre o livro, também deverá contar para seus parentes, durante a visita, o que foi lido.

Os livros foram doados pela Prefeitura de Congonhas, e a arrecadação foi realizada em uma feira literária que ocorreu na Praça JK, no início do mês de outubro.

Por Lílian Gonçalves – Comunicação – Prefeitura de Congonhas
Colaboração e Fotos: Bernardo Carneiro – Agência Minas

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